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Opção de financiamento para empresas sem diluição de equity

Há pouco mais de um ano, começamos a ouvir falar sobre venture debt no Brasil. O formato, diferentemente do mais conhecido venture capital - que investidores investem em companhias com o intuito de adquirir equity -, tem como objetivo oferecer financiamento com garantias a empresas que usam tecnologia para criar produtos e serviços, mas sem pegar participação da companhia.


Geralmente, as startups têm utilizado a forma de recurso entre o primeiro investimento, com o intuito de alcançar um investimento maior para entregar o business plan, mas com uma diluição menor, e em meio a rodadas para conseguir conquistar resultados melhores, como crescimento de receita e valuation, por exemplo.


O modelo surgiu porque muitas empresas com grande potencial, mas em fase inicial, não conseguiam grandes aportes financeiros ou empréstimos dos bancos tradicionais, por exigir garantias reais. Para se ter uma ideia, apenas no último ano, esses tipos de empresas conseguiram nos EUA, por meio do venture debt, um montante de US﹩ 25 bilhões levantados - e segue crescendo em volume maior frente a outros modelos já utilizados.


Para os credores, o venture debt é visto como de alto risco, afinal, envolve empresas com histórico curto de operação, que podem nunca se consolidar. Porém, o retorno almejado fica entre 20% e 25% ao ano. Basicamente, são analisados alguns quesitos como receita, aplicação de recursos, escalabilidade, estrutura corporativa entre outros pontos. O processo de análise leva cerca de 70 a 140 dias.


Exemplificando, o método de venture debt ocorre por meio de juros (que podem ser variáveis) e também pelo kicker. O kicker é uma forma de remuneração que considera o crescimento da empresa. Se comparado, quando há investimento em equity, o retorno desse fundo é de longo prazo, em torno de dez anos. É comum acontecer a partir do sétimo ano, no fim do ciclo. Investindo em debt, esse retorno vem em parcelas e pode acontecer já no início do ciclo.


Apesar disso, os diferentes modelos de investimento se complementam. Um levantamento da consultoria em inovação Distrito apontou que, ao todo, as empresas brasileiras receberam cerca de US﹩ 2,7 bilhões em aportes em 2020, o que representa um crescimento de 80% se comparado com 2018.


Como saber qual modelo adotar para minha empresa?


Antes de pensar em investimento, é preciso entender o que o empreendedor busca. Muitos fundadores de startups, principalmente no estágio inicial, costumam ir em busca de venture capital pois, além da rodada, estão buscando smart money (dinheiro inteligente), ou seja, empresários referência no mercado que estejam próximos auxiliando na gestão da empresa e oferecendo conexões futuras.


Por outro lado, empreendedores que já realizaram algumas rodadas anteriormente, têm preferido ao modelo de debt pois assim, conseguem expandir a operação, melhorar a tecnologia ou abrir uma spin off, sem perder ainda mais participação - e fundadores com baixa partição costumam perder o foco.


O certo é que o novo modelo de investimento, que não é tão novo assim, está ganhando espaço no mercado nacional e diversos fundos tem criados braços para atender essa demanda, é o caso da Brasil Venture Debt, pioneira no país, e outras como Fuse Capital, Galapagos Capital entre tantas outras. O atual cenário está propício para o empreendedor brasileiro, cabe a ele analisar as opções e verificar qual faz mais sentido, de acordo com o estágio da companhia.


Sobre o Dener Lippert


Dener Lippert , é CEO e fundador da V4 Company, maior rede de franquias de marketing digital do país, e autor da obra "Cientista do Marketing". Dener tem apenas 27 anos mas já figura entre os principais empreendedores do país: fundou a V4 Company com apenas 18 anos (na cozinha da sua mãe) e hoje já tem mais de 150 franquias em todo o país, responsáveis por já terem atendido 2.000 PMEs em 14 países. Já passaram pelo portfólio da marca empresas como Dell, Wizard, Spotify, Colchões Ortobom, Wise Up, Smart Fit, Team Nogueira entre outros. Recentemente a V4 Company anunciou sociedade com o Grupo Dreamers, holding detentora de 16 marcas, entre elas Artplan e Rock In Rio.



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