O tradicional pão que o rui-barbosense gosta ficou mais caro desde a segunda-feira (19). Em nosso município, a maioria das padarias já comercializam a unidade de Pão por R$ 0,50 centavos. Em conversa com um dono de padaria, ele explicou que todas as matérias primas na fabricação do pão subiram.
O recente aumento do preço do pão caseiro, chegando a 50 centavos por unidade, assustou a todo mundo que costuma religiosamente comer pelo um pãozinho no café da manhã ou de noite. Mas por que este alimento milenar, sagrado e universal, que ocupa o principal lugar na mesa das famílias brasileiras, está custando tão caro? A resposta pode te surpreender, mas a culpa é do Dólar.
Quantas vezes você já viu notícias nos jornais sobre o preço da moeda americana ou sobre a desvalorização do nosso Real e se perguntou: O que isso interfere em minha vida? A resposta pode ser justamente que aumenta o preço do pão que você compra todo santo dia.
Vou tentar explicar melhor essa história... O pão, como você sabe, tem como seu principal ingrediente a farinha de trigo. O trigo, por sua vez, é uma cultura muito exigente que só consegue produzir em grandes quantidades em locais mais frios, como o sul do Brasil. No entanto, a demanda por trigo em nosso país é enorme, e isso nos faz comprar muito trigo em outros países, em especial na Argentina.
Mas como funciona essa compra de trigo de outro país? É aí que entra a questão do Dólar. De forma simplificada, o Dólar é a principal moeda usada para compras internacionais, sendo assim, quanto mais o Dólar sobe, mais caro fica o trigo que a gente compra de fora. E por isso, quanto mais caro fica o trigo, mais caro fica o pão que a gente compra todo dia.
E por que o Dólar está ficando cada vez mais caro? Bom, as razões são muitas e complexas, mas falando de forma simplificada, tem a ver com a adoção de uma política econômica de câmbio flutuante, a crise econômica instaurada desde Dilma e a aposta na desvalorização do Real para aumentar exportação de commodities e produtos industriais brasileiros. Essa política de câmbio flutuante impede a estabilização do preço do Dólar e faz parte do tripé macroeconômico adotado por Fernando Henrique Cardoso e repetido por Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro.
A crise econômica surgiu com Dilma em 2014 e está longe de ser resolvida por Bolsonaro com as políticas liberais de Paulo Guedes. Por fim, a aposta na desvalorização do Real serve para aumentar as vendas das commodities como soja, milho e minério de ferro para o mercado internacional, além de proporcionar um ambiente favorável para exportações de produtos industriais fabricados no Brasil, como é o caso dos calçados da Pegada produzidos em Ruy Barbosa.