Um dos exs-integrantes da banda New Hit - que está entre os oito acusados por estupro coletivo a duas adolescentes na cidade de Ruy Barbosa, em 2012 - utilizou suas redes sociais para fazer um apelo. John Ghendow de Souza Silva, de 25 anos, publicou um vídeo em seu perfil no Facebook pedindo a uma das vítimas para retirar a acusação.
John e outros sete envolvidos no caso foram condenados a dez anos em regime fechado. No dia 29 de agosto, um novo julgamento manteve a condenação aos réus, que podem recorrer em liberdade.
O músico afirma que não estava no ônibus no momento do crime. "Não posso ficar preso e ser encarcerado 10 anos por algo que não fiz. Estou perdendo muitas oportunidades na vida por causa desse fato, sou apontado nas ruas e chamado de estuprador. Está sendo muito difícil pra mim", relata ele.
Em outor momento do vídeo - que já teve 20 mil visualizações e 473 vezes compartilhamentos -, John pede para que seus seguidores façam o vídeo chegar até à vítima e diz que ela está "estragando" a sua vida.
"Recentemente, eu fiquei sabendo que foi outra pessoa da banda que fez o que você me acusa. Eu te perdoo do fundo do meu coração. Você está condenado um menino de bem a ficar 10 anos preso. Já são cinco anos nessa luta, de muito sofrimento. Espero que Deus toque seu coração e que você reveja o que está fazendo na minha vida", diz ele.
Veja o vídeo:
Relembre o caso
Na noite do dia 26 de agosto de 2012, os integrantes e o segurança da banda foram acusados de estupro coletivo após se apresentarem em um show no município de Ruy Barbosa.
As vítimas são duas fãs adolescentes, identificadas como Vitória e Vanessa, que na época tinham 16 anos, que foram ao ônibus da banda para pegarem autógrafos. Segundo depoimento das duas, elas foram empurradas para dentro do banheiro do veículo e abusadas sexualmente pelos integrantes da New Hit.
Com o desenrolar dos fatos, os acusados foram presos na delegacia de Ruy Barbosa e transferidos cinco dias depois, em 31 de agosto, para o Conjunto Penal de Feira de Santana, onde permaneceram por 34 dias, sendo liberados no dia 3 de outubro do mesmo ano.
Os alvarás de soltura foram assinados pela juíza Márcia Simões, responsável pela sentença final, por entender que os acusados não atrapalhariam as investigações do crime e não ofereceriam riscos às vítimas, já que estes possuem endereço fixo, profissão definida e não têm antecedentes criminais.
Por conta das ameaças recebidas pelas jovens e seus familiares, as duas adolescentes foram incluídas no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), no entanto, a pedido dos pais, elas deixaram o abrigo do programa alguns meses depois.