Fotos Carla Ornelas/GovBa[/caption]
O senador Otto Alencar (PSD) será o único baiano a integrar a Comissão Especial do Impeachment, mas será suplente no colegiado, que terá ao todo 21 titulares e 21 substitutos. O partido do parlamentar compõe o bloco Democracia Progressista (PP-PSD) e tem como titulares Ana Amélia (PP-RS), Gladson Cameli (PP-AC) e José Medeiros (PSD-MT). Sérgio Petecão (PSD- AC) e Wilder Morais (PP-GO) são os outros substitutos.
Em entrevista à Tribuna, o senador Otto Alencar se mostrou descrente na possibilidade de, em algum momento, ser titular do colegiado. “Eu lutei, mas não consegui. Não tem como, hoje sou minoria no bloco”, afirmou. O parlamentar disse ainda achar difícil barrar a admissibilidade do processo de impeachment, mas acredita que o Senado pode rejeitar a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). “Aí serão necessários 54 votos e até lá muita coisa vai acontecer. Tenho convicção de que ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade”, pontuou.
Se o Senado acatar a abertura do processo de impedimento da presidente Dilma, a petista será afastada por 180 dias. Neste cenário, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumirá a Presidência. Questionado se o fato de o peemedebista chegar ao Palácio do Planalto pode aumentar as chances de cassação de Dilma, Otto acredita que não. “Ele estará com a máquina, mas a presidente também tinha e não agradou. Então, vai agradar muita gente com as nomeações, mas ele irá desagradar outros tantos. Eu não acredito nisso. Além disso, ele foi citado em duas delações premiadas. Muita coisa pode acontecer. Fico muito desapontado, no entanto, de no meu primeiro mandato como senador ver essa situação no país”, ponderou.
Os senadores Lídice da Mata e Walter Pinheiro não integrarão a Comissão do Impeachment.
O partido da senadora, o PSB, que integra o Bloco Socialismo e Democracia (PPS-PCdoB- Rede) indicou Romário e Fernando Bezerra Coelho como titulares. O bloco tem ainda a senadora Vanessa Grazziotion (PCdoB), como titular, e Roberto Rocha (PSB), Cristovam Buarque (PPS) e Randolfe Rodrigues (Rede), como suplentes. Já no caso de Pinheiro, ele está sem partido desde que deixou o Partido dos Trabalhadores no final de março.
Informações Tribuna da Bahia