Incomodados com a inércia da OAB, que não se movimenta nem busca mediar, de forma efetiva a composição entre os servidores e o Judiciário, advogados reclamam da greve da Justiça que já perdura há exatos 15 dias. "Estamos passando por uma crise nunca vista no Judiciário baiano. Enquanto uma categoria busca seus direitos, outros se dão ao direito de nada fazer, ou pior, aproveitam-se da situação para querer fazer política", disse o advogado Lucas Carvalho. Segundo Lucas Carvalho, "enquanto a briga de gato e 'rato' permanece, a advocacia se vê engessada, desvalorizada e abandonada.
Estamos com dificuldades com o exercício da nossa profissão e tanto a atual gestão como a antiga, que tenta voltar ao poder para nada fazer, estão na chapada diamantina fazendo festejos". Ainda consternado com a situação, Lucas Carvalho disse que: "esta é a demonstração da preocupação que nosso órgão de classe e a antiga gestão possui com os advogados que realmente necessitam da Justiça. Desde a antiga gestão que é aplicada a política do pão e circo com os advogados menos favorecidos.
A OAB deveria neste momento mediar reuniões, buscando soluções para acabar com a greve, e não estar em clima de festa e oba-oba. Não temos o que comemorar. Estamos abandonados".
O judiciário baiano encontra-se em greve declarada desde o dia 30/07, quando os sindicatos (sintaj e sinpojud) decidiram paralisar suas atividades para lutar por seus direitos. Diante do momento grevista, Lucas afirmou que "entre a inércia da atual gestão e a utilização indevida do Instituto dos Advogados da Bahia para fazer campanha eleitoral, por parte dos antigos gestores, encontram-se os advogados menos favorecidos, que como todo trabalhador, necessitam do seu ganha-pão para viver e sobreviver". Finalizou.